A importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

O Novembro Azul é uma campanha de conscientização sobre a saúde integral do homem, que acontece em várias partes do mundo. Ela tem como objetivos o esclarecimento da população, especialmente os homens, sobre as doenças masculinas, enfatizando a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Quando mais cedo a descoberta, menores as consequências!

 

1- O que é cancer de próstata?

Todo câncer se caracteriza por uma proliferação descontrolada das células, em que os mecanismos de defesa ou de reparo do nosso corpo não conseguem corrigir nem combater de forma suficiente. Nesse caso específico, ele se localiza na próstata, que é uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra. Quanto mais avançado for o tumor, mais modificações celulares podem ocorrer, aumentando a agressividade da doença.
Além disso, as células malignas têm capacidade de invadir os tecidos e se disseminam para órgãos distantes (metástase), seja por via linfática ou sanguínea. Geralmente, o câncer de próstata acomete homens a partir dos 50 anos, porém caso tenha histórico familiar, seja negro ou apresente determinadas mutações bem estabelecidas (BRCA 1 e BRCA 2), o homem deve começar os exames aos 45 anos.
O indivíduo com diagnóstico de câncer de próstata pode ser curado quando há uma detecção precoce e, consequentemente, o tumor se encontra localizado, sem metástases.
Quanto mais avançado o estágio do tumor, mais complexo, prolongado, oneroso e mórbido é o tratamento.

Sim, o diagnóstico precoce é a chave do sucesso!
Procure o urologista e faça exames anualmente!

2- Quais são os sintomas?

O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não provoca sintomas, mas em estágio avançado pode causar alguns. É importante destacar que esses sintomas são inespecíficos, ou seja, também podem acometer os indivíduos com doenças benignas. Podemos destacar:

  • micção frequente
  • jato urinário fraco ou interrompido
  • vontade de urinar repetitivamente à noite
  • sangue na urina ou no esperma
  • disfunção erétil
  • dor no quadril, coluna e coxas
  • fraqueza nas pernas e pés

É importante manter o seu médico informado de qualquer um desses sintomas para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.

3- Quais são os fatores de risco?
  • Idade: A doença é rara em homens com menos de 45 anos, mas aumenta muito após os 50 anos.
  • Histórico familiar: Ter um parente de primeiro grau com a doença aumenta mais de duas vezes o risco de desenvolvê-la.
  • Raça: Homens negros possuem duas vezes mais risco de morrerem da doença do que homens brancos e podem desenvolver tumores mais agressivos. Os motivos dessa diferença racial ainda são desconhecidos.
  • Alimentação: Alguns estudos sugerem que dietas hipercalóricas, ricas em gorduras e pobres em fibras, frutas e vegetais aumentam o risco.
  • Obesidade: Acredita-se que homens obesos possam ter risco de desenvolver um câncer de próstata mais agressivo.
4- Quais as causas?

Ainda não se sabe exatamente quais são as causas do câncer de próstata, mas algumas pesquisas sugerem uma combinação de fatores hormonais, genéticos, alimentares e ambientais. As mutações BRCA 1 e 2 estão bem estabelecidas como fatores de risco ao câncer de próstata.

5- Como o câncer de próstata é diagnosticado?

Existem diversos exames para detecção do câncer de prostata, na consulta, o médico fará uma análise do histórico do paciente e será solicitado um exame de sangue, o PSA (antígeno prostático específico) que é uma substância produzida exclusivamente pela próstata e que encontra-se elevado em casos de câncer (podendo estar alterado também em outras doenças, como por exemplo a prostatite, que é uma inflamação da glândula).
Junto com o PSA, o exame de toque digital da próstata é f
undamental para o correto diagnóstico do paciente. Este exame não é doloroso, é rápido e a masculinidade do paciente não é ofendida, por isso é necessário desfazer o preconceito com o exame. Ele é extremamente valioso para o diagnóstico e pode salvar vidas que seriam perdidas pela ignorância e pelo tabu criados pela sociedade.
O PSA e o toque retal juntos, diagnosticam a maioria dos casos, enquanto que somente o PSA isoladamente deixa passar uma parcela significativa. A ultrassonografia de próstata pode ser realizada como complemento, mas jamais como substituto do exame clínico e laboratorial já mencionados.
Havendo alta suspeita de malignidade, realizam-se mais alguns exames, como a biopsia, para especificar o tipo de tumor e os exames de imagem para definir o estadiamento. Depois discute-se o melhor tratamento com urologista, oncologista clínico e radio-oncologista.

6- Há como se prevenir?

Sim. A adoção da prática de exercícios regulares e de uma alimentação saudável, balanceada e sem excessos é a melhor maneira de se prevenir. Deve-se combater o sedentarismo e a obesidade, males dos tempos ultra modernos e digitais.

7- Câncer de próstata, e agora? Vou ficar impotente?

É importante destacar que o diagnóstico precoce diminui sensivelmente o risco de impotência, uma vez que implica na realização de menos intervenções ou que tais medidas sejam menos agressivas e com menor risco de sequelas. As sequelas de uma cirurgia radical ou da radioterapia radical prostática são minimizadas, conforme o volume de doença ou sua extensão. Além disso, os tratamentos medicamentosos, que podem provocar a impotência, podem ser evitados caso a doença seja diagnosticada em estágio inicial.

8- O câncer de próstata tem cura?

Sim e a melhor forma de obtê-la é através da detecção precoce do tumor.

9- Quais os tipos de tratamento?

Depois que o paciente é diagnosticado, o médico discutirá as opções de tratamento e é muito importante que todas sejam esclarecidas, assim como seus efeitos colaterais, assim o paciente estará mais confiante de tomar a melhor decisão. O tratamento depende do estágio da doença, por isso, é muito importante lembrar que quanto antes a descoberta, mais simples é o tratamento e menores os efeitos colaterais. Por isso, esteja sempre com os exames em dia!

As principais formas de tratamento são: conduta expectante (acompanhamento do paciente, sem dar qualquer tratamento até que mudanças ou os sintomas apareçam), cirurgia, radioterapia, criocirurgia, hormonoterapia, quimioterapia, vacinas ou terapia alvo.

Estes tratamentos são geralmente realizados separadamente, embora em alguns casos, eles possam ser combinados.